Direito Autoral

Desrespeitar os direitos autorais é crime previsto na Lei 9610/98.

23 agosto 2013

Escritores indígenas na Bienal do Livro/Rio: Graça Graúna e DMunduruku


Começa na próxima quinta-feira, dia 29, um dos maiores eventos literários do Brasil: aBienal do Livro do Rio de Janeiro segue até o dia 8 de setembro no Riocentro trazendo novidades na programação, que dessa vez teve número recorde de autores convidados. Os 29 escritores participarão de bate-papos e sessões de autógrafos, além de estarem presentes nos espaços que serão inaugurados nesta edição, que marca os 30 anos da feira. A expectativa é que, ao longo dos 11 dias, cerca de 600 mil pessoas passem pela área de 55 mil metros quadrados divididas em três pavilhões, onde estarão instalados 950 expositores.
Saiba mais:

Autores confirmados

A lista é capitaneada pelo americano Nicholas Sparks, um dos autores mais lidos no mundo – são quase 100 milhões de exemplares de romances como Diário de uma paixão,Querido John e o recente À primeira vista (Arqueiro) impressos em 45 línguas e devorados por leitores de todas as idades. Outro fenômeno editorial que estará na Bienal éJames C. Hunter (EUA), de O monge e o executivo (Sextante), que já vendeu três milhões de cópias apenas no Brasil. Já a nova literatura erótica, febre mundial, chegará ao evento junto de um de seus maiores expoentes, a americana Sylvia Day (EUA), responsável pelo best-seller Toda sua, enquanto o sempre querido gênero conhecido como chic lit terá como representante a cultuada Emily Giffin (EUA), de romances como Presentes da vidaAme o que é seu (Novo Conceito).
A Bienal receberá também o moçambicano Mia Coutorecentemente laureado com o Prêmio Camões – a mais importante honraria relacionada à literatura em língua portuguesa – por conta de obras como Terra sonâmbula e O último voo do flamingo (Companhia das Letras). Já o argentino Cesar Aira, autor de mais de 70 livros – entre romances, contos e ensaios –, vem lançar a tradução para o português de um dos seus trabalhos mais influentes, Como me tornei freira (Rocco). Nuno Camarneiro, por sua vez, é um dos grandes expoentes da literatura portuguesa contemporânea, autor de Debaixo de algum céu (Leya).
Dentro da discussão da cultura de convergência destaca-se a presença de Corey May(EUA), roteirista dos jogos eletrônicos Assassin’s creed – um dos mais populares da atualidade, com 50 milhões de cópias comercializadas no mundo. O videogame inspirou a série de livros de mesmo nome, que, publicada pela Galera Record, já vendeu por aqui mais de 450 mil exemplares.
Esse novo modelo foi também responsável pelo êxito de O lado bom da vida (Intrínseca), do americano Matthew Quick, que teve os diretos para o cinema adquiridos antes mesmo de o livro ter uma editora nos Estados Unidos. Acabou se tornando um sucesso em ambas as mídias: o filme foi um dos mais aclamados de 2012, com oito indicações ao Oscar, enquanto o livro já vendeu mais de 250 mil exemplares apenas no Brasil. Quick, que lançará novo livro durante a Bienal, abordará essa experiência em seu encontro com os leitores.
Já a biografia, um dos mais tradicionais gêneros literários, estará presente na programação cultural por meio das participações das americanas Mary Gabriel, autora do imponenteAmor e capital: A saga familiar de Karl Marx e a história de uma revolução (com indicações ao Pulitzer, ao National Book Award e ao National Book Critics Circle), publicado pela Zahar, e Cheryl Strayed, que teceu um comovente relato autobiográfico em Livre, sucesso de crítica e público nos Estado Unidos em 2012 – e agora também no Brasil, em edição da Objetiva.

Novos espaços

Três espaços inéditos prometem surpreender os visitantes. Ainda no clima da Copa das Confederações e abrindo caminho para a Copa do Mundo, a Bienal apresenta o Placar Literário, com curadoria do jornalista João Máximo. A literatura de futebol será abordada em toda a sua abrangência, de debates que mostrarão ao público o que se passava no coração boleiro dos principais escritores brasileiros – como “O Botafogo de Paulinho (Mendes Campos) e o Vasco de Drummond” e “O Fla de Zélins (do Rego) e o Flu de Nelson Rodrigues” – a mesas formadas por uma nova geração de escritores que tem o futebol como tema de sua ficção, explorando como nenhuma outra o drama, a comédia e a tragédia do jogo.
Haverá um território exclusivo para o adolescente – aquele com fôlego para atravessar milhares de páginas de histórias complexas envolvendo mundos fantásticos, árvores genealógicas intrincadas esuperpoderes. Para esse público, que na última década se firmou como grande leitor, foi criado o #acampamento na bienal, onde, sob o comando do historiador e doutor em educação João Alegria (que esteve à frente da Floresta de Livros, em 2009, e da Maré de Livros, em 2011), o visitante terá a oportunidade de encontrar seu ídolo literário em bate-papos animados. Os temas serão pautados pela tecnologia e a cultura de convergência (o livro que vira filme, que vira game, que vira site, que vira livro), mostrando que a narrativa faz parte do dia a dia de todos.
A XVI Bienal do Livro Rio reservou também uma enorme área de 500 metros quadrados para uma nova atividade dedicada aos pequenos leitores, por meio da qual prestará uma homenagem lúdica ao Ziraldo, autor que, presente a cada edição, se tornou parte indissociável do evento. No Planeta Ziraldo, seus muitos personagens inesquecíveis, como Menino Maluquinho e Pererê, ganharão vida por meio da curadoria e cenografia de Daniela Thomas e Felipe Tassara.
E os espaços que mais fizeram sucesso em outras edições permanecem na programação. OCafé Literário, pelo terceiro ano com curadoria do premiado escritor e crítico Italo Moriconi, volta a convidar o público a participar de descontraídos debates sobre livros, estilos e ideias dos quais farão parte celebrados autores (prosadores, poetas, ensaístas) nacionais e estrangeiros. Em sintonia com o momento, o Café Literário deste ano busca apresentar e discutir o novo – partindo do princípio que o Brasil vive o despertar cívico, político e artístico de uma nova geração – ao mesmo tempo em que celebra mestres como Rubem Braga,Paulo Leminski e Vinicius de Moraes.
Mulher & Ponto tem à frente, pela primeira vez, a jornalista especializada em arte e cultura Bianca Ramoneda, que levará novidades aos bate-papos sobre os mais diversos aspectos do universo feminino que chamaram a atenção de homens e mulheres nas duas últimas edições da Bienal. Entre discussões sobre a nova literatura erótica (proibido para menores), qualidade de vida e a arte de envelhecer, entre outros, Bianca coloca em pauta temas como as vozes femininas na literatura africana e promove uma leitura afetiva da obra de Lygia Fagundes Telles – autora que completou 90 anos em 2013.

Programação completa

Dia 29/8 (quinta)
17h – Café Literário
“Novos tempos, novos escritores”, com Noemi Jaffe, Vinicius Jatobá, Wesley Peres e Nuno Camareiro, sob mediação de Paulo Roberto Pires
19h – Café Literário
“A poesia do século 21″, com André Vallias, Bas Böttcher e Ricardo Domeneck, sob mediação de Suzana Velasco
19h – Placar Literário
“Enfim, os museus”, com Rosa Maria Araújo e Leonel Kaz, sob mediação de Pedro Butcher
Dia 30/8 (sexta)
15h – #acampamento
“Não conta lá em casa. Aventuras e desventuras de viajar sem os pais”, com André Fran
16h – Café Literário
“Escrevendo entre mundos”, com Olga Grjasnowa, Carmen Stephan e Carola Saavedra, sob mediação de Leila Sterenberger
17h – #acampamento
“O Marco Civil: querem “regrar” a internet?”, com Alessandro Molon
17h30 – Café Literário
“Sabedoria, riso, seriedade”, com Manfred Geier, Andrea del Fuego e Marcia Tiburi, sob mediação de Clarisse Fukelmann
18h30 – Placar Literário
“Que ‘país do futebol’ é este?”, com Juca Kfouri e José Trajano, sob mediação de João Máximo
19h – #acampamento
“A economia criativa, os jovens e o Rio de Janeiro do século 21″, com Sérgio Sá Leitão
19h – Café Literário
“Caminhos entre a vida real e a invenção ficcional”, com Claudia Lage e Zuenir Ventura, sob mediação de Suzana Vargas
20h – Mulher e Ponto
“Encontros e desencontros”, com Andrea Pachá e Alberto Goldin, com mediação de Bianca Ramoneda
Dia 31/8 (sábado)
12h – Café Literário
“Contar-mostrar uma história: assim nasce uma criança”, com Julia Friese, Ondjaki e Graça Lima, sob mediação de Christine Röhrig
12h – Auditório Rachel de Queiroz
Nicholas Sparks
14h – Café Literário
“Novas definições do leitor: o jovem, o jovem adulto, o adulto”, com Matthew Quick, Flavio Carneiro e Socorro Acioli, sob mediação de Henrique Rodrigues
15h – #acampamento
“Histórias de fada para quem vive na selva de pedra”, com Carolina Munhóz
15h – Auditório Mário de Andrade
Emily Giffin
15h30 – Café Literário
“Fatos, lendas e personagens da história brasileira”, com Laurentino Gomes e Mary del Priore, sob mediação de Ana Lucia Azevedo
16h – Auditório Rachel de Queiroz
Thalita Rebouças e Maurício de Sousa
16h30 – Placar Literário
“Gols de letra: crônica e romance”, com Marlos Bittencourt e Flávio Carneiro, sob mediação de Luiz Pimentel
17h – Café Literário
“A difícil arte de transformar realidade em literatura”, com Javier Moro e Letícia Wierzchoswki, sob mediação de Valéria Martins
17h – #acampamento
“Escritos e escritores de literatura fantástica no Brasil”, com Raphael Draccon
17h – Mulher e Ponto
“Cinquenta Tons ou Mais”, com Marcelo Rubens Paiva e Regina Navarro Lins, sob mediação de Monica Martelli
18h30 – Café Literário
“Viagem, liberdade e revelação”, com Cheryl Strayed, sob mediação de Valéria Martins
18h30 – Placar Literário
“Gols de letra: dois romances”, com Hélio de la Peña e Sérgio Rodrigues, sob mediação de Francisco Paula Freitas
19h30 – Mulher e Ponto
“Vozes femininas do outro lado do atlântico”, com Paulo Lins e Mia Couto, sob mediação de Flavia Oliveira
20h – Café Literário
“A literatura entre o público e o privado”, com Edney Silvestre, sob mediação de Sérgio Rodrigues
Dia 1º/9 (domingo)
12h – Café Literário
“O traço e a escrita na produção do narrar”, com Reinhard Kleist, Daniel Pellizzari e Rodrigo Rosa, sob mediação de Bruno Doriatti
12h – Auditório Rachel de Queiroz
Corey May (programação do #acampamento)
14h – Café Literário
“Isso é Arte?”, com Will Gompertz, Paulo Sergio Duarte e Kathrin Passig, sob mediação de Fred Coelho
15h – #acampamento
“Como entrar pela porta dos fundos e sair pela porta da frente?”, com a equipe do Porta dos Fundos
15h30 – Café Literário
“A felicidade num minuto: como transformar sabedoria em bem de uso imediato”, com Allan Percy
16h – Auditório Mário de Andrade
Maurício de Sousa e Mônica
16h30 – Placar Literário
“Amor e ódio na arquibancada”, com José Miguel Wisnik e Bernardo Buarque de Hollanda, sob mediação de Mário Magalhães
17h – Café Literário
“O que é um autor? Agruras e prazeres de quem se dedica à escrita”, com Ana Maria Machado, Luiz Ruffato e Mia Couto, sob mediação de Rachel Bertol
17h – #acampamento
“Pensar e agir como os jovens”, com Isadora Faber
17h – Mulher e Ponto
“Dietas: benefícios e danos”, com Dr. Alfredo Halpern e Cristiana Oliveira, sob mediação de Fernanda Thedim
18h30 – Placar Literário
“O Botafogo de Paulinho e o Vasco de Drummond”, com Flávio Pinheiro e Milton Temer, sob mediação de Luiz Fernando Vianna
18h30 – Café Literário
“Literatura e situações-limite: histórias de traumas e regeneração”, com Emma Donoghue e Cintia Moscovich, sob mediação de Valéria Martins
19h30 – Mulher e Ponto
“Dores e Descobertas”, com Heloisa Seixas e Isabella Lemos de Moraes, sob mediação de Tania Carvalho
20h00 – Bienal 30 anos: Memória e celebração
“Bienal 30 anos – memória e celebração – Homenagem 30 anos”, com Ruy Castro, Tania Zagury, Ferreira Gullar e Beatriz Resende, sob mediação de Ítalo Moriconi
Dia 2/9 (segunda)
18h30 – Placar Literário
“Graça e Lima, os falsos inimigos da bola”, com Dênis de Moraes e Joel Rufino dos Santos, sob mediação de Vitor Iório
19h – Mulher e Ponto
“Vista quem você é – Descubra e aperfeiçoe seu estilo pessoal”, com Cris Zanetti e Fê Resende
Dia 3/9 (terça)
15h – #acampamento
“Brinquedos se transformam em ferramentas de criação”, com Antônio Thiele
17h – #acampamento
“O código élfico em Santo Ossário do Brasil”, com Leonel Caldela
19h – Café Literário
“Guarani, Kaiová e muitas mais – literaturas de índio”, com Daniel Mundukuru, Graça Graúna e Lucia Sá, sob mediação de José Bessa
19h30 – Mulher e Ponto
“Beleza”, com Raquel Moreno e Joana de Vilhena Moraes, sob mediação de Clarice Niskier
20h – Placar Literário
“Pensando o futebol”, com Muniz Sodré e Ronaldo Helal, sob mediação de Vitor Iório
Dia 4/9 (quarta)
15h – #acampamento
“A última princesa: fantasia de inspiração histórica”, com Fabio Yabu
17h – #acampamento
“Machu Picchu: na trilha das famílias”, com Tony Bellotto
19h – Café Literário
“Por que, por quem, para quem escrevo?”, com Tony Belloto, Antônio Torres e João Paulo Cuenca, sob mediação de Claufe Rodrigues
19h30 – Mulher e Ponto
“O tempo que passa: mudanças, novas perspectivas e sentimentos em torno da arte de envelhecer”, com Miriam Goldenberg e Maitê Proença, sob mediação de Luciana Savaget
Dia 5/9 (quinta)
15h – #acampamento
“Qual vai ser a próxima killer application?”, com Marcelo Pereira
17h – #acampamento
“Como se faz um amigaozão?”, com Andrés Lieban
17h30 – Mulher e Ponto
“Comportamento na rede”, com Helena Duncan e Cora Rónai, sob mediação de Sonia Biondo
18h – Café Literário
“Leminski vive”, com Angelica Freitas, Alice Sant’Anna, Mariano Marovatto, Omar Salomão e
Aurea Leminski, sob mediação de Masé Lemos
20h – Café Literário
“Sarau poético”, com Alberto Pucheu, Antonio Calloni, Viviane Mosé e Paulo Britto, sob mediação de Ítalo Moriconi
Dia 6/9 (sexta)
15h – #acampamento
“O que não se aprende na internet?”, com Natália Menhém
16h – Café Literário
“Nova literatura, nova cidade, nova periferia”, com Júlio Ludemir, Ferrez e Sergio Vaz, sob mediação de Ecio Sales
18h30 – Placar Literário
“Gols de letra: ficção e realidade”, com Marcelo Backes e Flávio Dana, sob mediação de Vítor Iório
17h – #acampamento
“Fortes emoções para gente nova”, com Paula Pimenta
18h30 – Café Literário
“A ficção como trabalho – arte/linguagem”, com Evando Nascimento, Ricardo Lisias e Veronica Stigger, sob mediação de João Cezar de Castro Rocha
19h – #acampamento
“Nu aos 50″, com Zeca Camargo
19h30 – Mulher e Ponto
“Elas por eles: as mulheres amadas e idealizadas na poesia e na crônica de Rubem Braga e Vinicius de Moraes”, com Geraldo Carneiro, sob mediação de Claufe Rodrigues
20h – Café Literário
“Bem estar e mal estar no Brasil pós-manifestações”, com Frei Betto e Marcos Nobre
Dia 7/9 (sábado)
12h  – Café Literário
“Traduzindo brasileiros: a experiência da Granta”, com John Freeman, sob mediação de Rinaldo Gama
12h – #acampamento
Parlatório fan fiction
12h – Auditório Mário de Andrade
James Hunter
14h – Café Literário
“Boemia, vida familiar e revolução”, com Mary Gabriel, Andrew Miller e  Daniel Aarão Reis , sob mediação de Felipe Pena
14h – Auditório Rachel de Queiroz
Thalita Rebouças (programação do #acampamento)
15h – Auditório Mário de Andrade
Sylvia Day
15h30 – Café Literário
“Maravilha de ler: teoria e prática da ilustração infantil”, com Axel Scheffler, Ole Könnecke e Andres Sandoval, sob mediação de Roger Mello
16h30 – #acampamento
“Guia prático para entender os nerds”, com Eduardo Spohr
16h30 – Placar Literário
“Brasil 2014″, com Renato Maurício Prado e João Máximo, sob mediação de Vitor Iório
17h  – Café Literário
“Mundo sem centro: o impacto do sul”, com Ilija Trojanow e Silviano Santiago, sob mediação de Miguel Conde
17h – Mulher e Ponto
“Para Lygia com amor”, com Regina Braga e Rosiska Darcy, sob mediação de Bianca Ramoneda
18h30 – #acampamento
“Meu negócio é criar um mundo atrás do outro”, com André Vianco
18h30  – Café Literário
“Trânsitos literários”, com César Aira, Joca Reiners Terron e Paloma Vidal, sob mediação de Camila do Vale
18h30 – Placar Literário
“A vida proibida do craque”, com Alessandro Molon e Ruy Castro, sob mediação de Paulo César Araújo
19h30 – Mulher e Ponto
“Gestão de qualidade de vida”, com Patrícia Travassos a Mara Luquet, sob mediação de Juliana Rosa
20h  – Café Literário
“Homenagem a Vinicius”, com Antonio Cícero, Eucanaã Ferraz e Adriana Calcanhotto
Dia 8/9 (domingo)
13h30 – Café Literário
“Palavrarias: sarau poético para crianças de todas as idades”, com Ninfa Parreiras, Leo Cunha e Flávia Savary, sob mediação de Henrique Rodrigues
15h – Café Literário
“Quando o gigante acordar – aventuras de um país em busca de si mesmo”, com Míriam Leitão
15h – #acampamento
“Não faz sentido: ganhar dinheiro com vídeo grátis!”, com Felipe Neto
15h – Auditório Mário de Andrade
Mark Baker
16h30 – Café Literário
“O contato entre culturas: do choque ao afeto”, com Wladimir Kaminer, Arthur Dapieve e Luisa Geisler, sob mediação de Cristiane Costa
16h30 – Placar Literário
“O filme do jogo”, com José Henrique Fonseca e José Carlos Asbeg, sob mediação de Antonio Leal
17h – Mulher e Ponto
“Ensinando e aprendendo: os desafios para quem lida com educação e com a falta dela”, com Tania Zagury e Cassia D’Aquino, sob mediação de Heloisa Gomyde
18h – Café Literário
“Narrativa e experiência pessoal”, com Alberto Mussa, José Luiz Passos e Daniel Galera, sob mediação de Henrique Rodrigues
18h30 – Placar Literário
“Em campo, o editor”, com Marcelo Duarte e Rodrigo Ferrari, sob mediação de César Oliveira
19h – Café Literário
“Buscando sentidos para o viver: uma conversa de Lya Luft com Bia Corrêa do Lago”

Ingressos

Os ingressos para a Bienal podem ser adquiridos antecipadamente (www.ingressomais.com.com.br) ou no local. O valor da entrada é de R$ 14. Estudantes e maiores de 60 anos pagam meia. Professores, profissionais do livro e bibliotecários têm acesso gratuito ao evento (por meio do cadastramento no site da Bienal e apresentação de documento de identificação e comprovante de profissão na bilheteria do Riocentro).
O Riocentro fica na Avenida Salvador Allende, número 6.555, Barra da Tijuca. O horário de funcionamento ao público é das 13h às 22h em 29 de agosto, data da abertura da Bienal; das 9h às 22h nos demais dias úteis; e das 10h às 22h nos fins de semana.

02 agosto 2013

Apelo da UNESCO no Dia Internacional dos Povos Indígenas do Mundo

Povos indígenas no Brasil. Imagem extraída do site da Unesco


Mensagem de Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO, por ocasião do Dia Internacional dos Povos Indígenas do Mundo, 9 de agosto de 2013.

Em 2013, o Dia Internacional dos Povos Indígenas do Mundo celebra a importância de alianças, acordos e arranjos construtivos para proteger os direitos dos povos indígenas.
Em um mundo que passa por rápidas mudanças ambientais e sociedades que experimentam profundas transformações, a solidariedade deve ser nosso princípio norteador – solidariedade incorporada por alianças entre grupos indígenas e com parceiros não indígenas – para salvaguardar e promover identidades, línguas, sistemas de conhecimento e visões de mundo únicos. Isso é especialmente importante ao formarmos os contornos de uma nova agenda de desenvolvimento a ser seguida após 2015.
Para a UNESCO, a sustentabilidade global deve construir fundamentos locais que reflitam os pontos de vista e as necessidades das comunidades locais, incluindo as dos povos indígenas. É por isso que buscamos integrar a cultura ao coração de todos os esforços de desenvolvimento – como uma nascente de identidade e coesão e uma fonte de criatividade e inovação. Nenhuma sociedade pode florescer sem cultura – nenhum desenvolvimento pode ser sustentável sem ela. Os povos indígenas sabem disso melhor do que ninguém, como zeladores de uma diversidade linguística e cultural rica, que carrega um conhecimento único de modo de vida sustentável e respeito pela biodiversidade.
Precisamos de novas alianças para promover esta visão – no Sistema das Nações Unidas, nos Estados-membros, nas sociedades e entre elas. É por isso que o Painel lntergovernamental sobre Mudança Climática (Intergovernmental Panel on Climate Change – IPCC) está buscando ativamente o engajamento com os povos indígernas e comunidades locais. Por meio de nosso programa Sistema de Conhecimento Local e Indígena, a UNESCO está liderando os esforços interagenciais para incluir o conhecimento autóctone, ao lado da ciência, no “5th Assessment Report Climate Change: Impacts, Adaptation and Vulnerability” do IPCC, a ser lançado em 2014. Do mesmo modo, a recém-estabelecida Plataforma Intergovernamental sobre Serviços de Biodiversidade e Ecossistemas (Intergovernmental Platform on Biodiversity and Ecosystems Services – IPBES) reconhece a importância da biodiversidade para os povos indígenas e a vital contribuição deles para sua conservação. Em nome do secretariado da IPBES, a UNESCO está liderando o trabalho para desenvolver arranjos construtivos e mutuamente benéficos com os povos indígenas e com as comunidades locais.
A Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas de 2007 reconhece que “o respeito aos conhecimentos, às culturas e às práticas tradicionais indígenas contribui para o desenvolvimento sustentável e equitativo e para a gestão adequada do meio ambiente”. Para construir com essa visão e para proteger os direitos dos povos indígenas, precisamos de novas alianças, acordos e arranjos em favor da sustentabilidade global. Este é o apelo da UNESCO no Dia Internacional dos Povos Indígenas do Mundo.
Irina Bokova (UNESCO)

Fonte: